18.8.15

quando os rios se encontram






















caiu uma, depois outra.
as pernas eram suas asas 
o prumo eram duas rodas.
no peito tinha tanta coisa.
mais outra.
o céu abriu 
e derramou no meio da cidade.
era ela.
ela pediu.
podia buscar uma laje, um pedaço de abrigo.
era tanta água, batia nos olhos, 
entrava na boca.
o cabelo grudado no rosto, 
sua meias molhadas.
a cidade era aquilo.
boiando lixo e sonhos
borrada de fuligem.
e ela nadava voando.
lembrando de coisas,
sorrindo dos seus segredos.
vestida somente de água.









Nenhum comentário: